Envelhecer, para bem viver #1 | 100 anos para envelhecer

O envelhecimento é considerado um processo universal e gradual. Ocorre em diferentes ritmos para diferentes pessoas e depende de influências genéticas, sociais, históricas e psicológicas ao longo do curso de vida. Mas, apesar de ser universal, não envelhecemos todos ao mesmo ritmo e nem o encaramos todos da mesma forma.

 

Nas últimas décadas, a esperança média de vida tem aumentado significativamente e este facto é encarado por uns como um novo desafio, mas por outros como uma ameaça. Tenhamos como referência, o facto de, num país desenvolvido, uma pessoa que faça 70 anos ter apenas 2% de probabilidades de morrer nos próximos 12 meses e as pessoas que hoje cumprem 50 anos têm 50% de probabilidades de chegar aos 95 anos. Assim, é cada vez mais evidente que iremos viver muitos anos e chegaremos a idades muito avançadas (85 e mais anos). Mas, em que condições e com que qualidade de vida viveremos estes anos?

 

A promoção da saúde e os cuidados de prevenção, dirigidos às pessoas idosas, aumentam a longevidade, melhoram a saúde e a qualidade de vida e ajudam a racionalizar os recursos da sociedade. Está provada a eficácia da prevenção dos fatores de risco de várias patologias de evolução prolongada, pelo que é prioritária uma ação concertada, de todos os intervenientes na sociedade, no sentido de promover uma boa nutrição, desincentivar o consumo em excesso de álcool, a cessação ou redução do consumo de tabaco, estimular a prática regular de atividade física e o controlo dos fatores de stress.

 

Existem fatores determinantes para uma velhice bem-sucedida: a saúde biológica, a manutenção de um elevado nível de funcionamento cognitivo e físico e a manutenção da participação social, mesmo após a reforma.

 

Estamos perante uma nova velhice, uma nova etapa no ciclo de vida, mas será que estamos preparados para viver uma vida que dura um século? O que nos espera o futuro?

 

A verdade, é que a perceção de idade está a mudar. Redefinir o que significa ser “mais velho”, é umas das consequências da longevidade. Uma oportunidade para perceber que o envelhecimento não significa apenas perdas físicas, socias ou psicológicas, mas sim a construção de uma nova geração que contribui significativamente para a sociedade.

 

É necessário um pensamento transformador. É essencial repensar o que sustenta as nossas suposições em relação aos idosos. O processo de envelhecimento inicia-se no momento em que nascemos. A dificuldade, permanece nos pressupostos, pressões e estereótipos presentes ao longo das várias gerações e não apenas nas pessoas mais velhas.

 

Por isso, neste espaço, gostaríamos de o convidar a aprender um pouco mais sobre como envelhecer com sucesso! Contamos consigo!

  

“A velhice faz o homem prudente.”


Artigo escrito por Sara Duarte
(Instituto Politécnico de Viana do Castelo)